Com o mercado de trabalho mudando e sendo as pessoas a vantagem
competitiva das organizações, a relação de trabalho se transformou e começamos a ouvir
falar em empregabilidade.
O termo empregabilidade possui uma gama de definições entre os
pesquisadores, mas estaremos considerando aqui o conceito como sendo a condição
de ser empregável, com os conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que se
tem obtidas através de educação em função das necessidades do mercado.
Dentro deste novo contexto de trabalho, novas competências tornaram-se
bastante importantes e necessárias às organizações, como: a agilidade, a abertura
que se tem para mudanças, a adaptabilidade, a capacidade de assumir riscos
continuamente e a flexibilidade.
Assim, os indivíduos passaram a se preocupar em como obter estas
competências. Muitos procuraram cursos,
MBAs e mestrados profissionais. Percebe-se
que as competências mais valorizadas são as comportamentais, e surge o papel do
coaching e diversos são os profissionais que se oferecem hoje em dia prestando
o serviço de ajudar ao profissional a se apropriar de suas competências e a desenvolver outras tantas que o profissional precisa.
Realmente quanto mais conscientes estivermos de que produtos ou
competências temos a oferecer e de como está o mercado, mais preparados
estaremos para conseguir uma oportunidade.
Agora, é preciso saber que empregabilidade tem 3 dimensões: o capital humano, que é a escolaridade e
experiência; o capital social, que é o meio externo e suas demandas e as redes de relacionamentos que
se tem; mas também, o capital cultural. Entretanto, este último é esquecido pelas
pessoas. O capital cultural é a herança
familiar que se traz. É preciso que cada
profissional encare, também, o capital cultural.
Sendo o capital cultural o que trazemos de berço, de nossa família, se compararmos dois profissionais que estudaram
na mesmo universidade, não poderemos dizer que sairão da instituição com chances equivalentes.
Dependendo da origem familiar, terão mais ou menos oportunidades. Quem vem da classe dominante tem uma rede de
relacionamentos diferente e com provavelmente acessos mais fáceis a oportunidades de nível melhor e, também já deve ter viajado muito e teve acesso a
aspectos culturais que o outro, oriundo de uma classe social menos favorecida
pode ter tido. Sendo assim, as chances serão
diferentes. É preciso ter ciência disto
para saber exatamente em que mercado de trabalho se está pisando. A concorrência não é igual quando o capital
cultural é diferente. Não se pode entrar no mercado com inocência. Ter consciência disto é importante, pois é
preciso conhecer o que se espera, em que mercado se está entrando e pensar em
mecanismos para superar esta dificuldade.
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