Aquele que tem o papel de educar ou capacitar o outro tem que ter consciência de que o ato de educar implica em comunicar-se. Sim, na forma reflexiva: é dando, que se recebe.
Como Paulo Freire colocou muito bem, educar não é fazer do outro um depósito de informações para memorizar, arquivar e receber passivamente. De fato, quem recebe conhecimento desta forma acaba aceitando os dados sem refletir, se acomodando com o que escuta ou lê e, passivamente, mantendo a mesma ideologia existente ao seu redor, seja na sociedade ou dentro de uma organização.
Educar é libertar e, com isto, simultaneamente, o educador ao comunicar qualquer tópico, leva o educando a refletir e a trazer retorno, num processo de troca que estimula a consciência crítica, a associação de ideias e a criatividade no educador e no educando, gerando, um movimento para transformações.
Numa sociedade em que, diante de tanta competitividade, a inovação pode trazer a vantagem competitiva, é preciso que gestores, enquanto educadores dentro das organizações, estimulem a flexibilidade, escutem com atenção a todos e incentivem novas ideias - não somente as boas, mas todas as novas ideias - para que fertilizem o ambiente para a inovação.
Fala-se muito na tal inovação. Agora resta saber se quem a busca em sua organização está de fato preparado para tê-la, ou mesmo, se oferece condições para que ela nasça.